Há um dia que marcou minha vida de uma forma que nunca imaginei. Era uma manhã tranquila. Levantei cedo, preparei o café da manhã e ajudei meus filhos a se arrumarem para a escola, enquanto minha esposa se preparava para mais um dia de trabalho. Sentamos juntos para tomar o café e depois saí para o meu expediente.

Por volta do meio-dia, meu celular tocou e o que ouvi do outro lado foi como um choque que abalou minhas estruturas. Minha esposa havia sofrido uma parada cardíaca enquanto trabalhava. Ela foi socorrida, mas infelizmente não resistiu. De repente, me vi sozinho com nossos dois filhos, sem saber como seguir em frente sem ela.

Eu tentei, juro que tentei ser forte. Busquei dar o meu melhor para confortar meus filhos e manter nossa rotina o mais estável possível. Mas a dor da perda era avassaladora e, quase um ano depois, meu corpo e mente chegaram ao limite. A depressão se instalou e eu me vi sem forças para continuar.

Felizmente, contei com o apoio inestimável de amigos, entre eles um recém-formado na TRG. Aceitei sua oferta de ajuda sem hesitar, pois sabia que precisava estar bem para cuidar dos meus filhos.

As sessões de TRG foram uma experiência transformadora. Reviver os momentos que compartilhei com minha esposa foi como um bálsamo para minha alma. Percebi que nossa história não havia terminado, que seu amor continuava presente em meu coração e em minhas memórias, e, principalmente, vivia através de nossos filhos.

Confesso que senti raiva quando ela nos deixou, mas as sessões me ajudaram a lidar com esse sentimento. Hoje, posso dizer que estou emocionalmente mais equilibrado para cuidar dos nossos filhos e proporcionar a eles todo o amor e carinho que merecem.

Além disso, também buscamos ajuda para as crianças através da terapia, o que foi fundamental para ajudá-las a lidar com o luto e a dor da perda. A TRG se mostrou uma ferramenta poderosa para nossa jornada de recuperação emocional.

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